quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Concreto

No topo daquela árvore jurei o meu amor
E à toda prova moldei o que chamei de lar
De barro duro fiz as paredes
De pequenas pedras as enfeitei para seu olhar

Se soubesse que o amor seria perecível
Trabalho não teria em construir
O que um dia sonhei ser nosso
O que várias noites, ansioso, não dormi

Logo que você se foi
O topo daquela árvore tombou ao chão
Ali ergueu-se um robusto prédio
Ali enterrou-se meu coração

Arrumei um cantinho para mim
Nos vãos daquela estrutura fria
E hoje sozinho sigo
Como João de Ferro e Viga

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