No topo daquela árvore jurei o meu amor
E à toda prova moldei o que chamei de lar
De barro duro fiz as paredes
De pequenas pedras as enfeitei para seu olhar
Se soubesse que o amor seria perecível
Trabalho não teria em construir
O que um dia sonhei ser nosso
O que várias noites, ansioso, não dormi
Logo que você se foi
O topo daquela árvore tombou ao chão
Ali ergueu-se um robusto prédio
Ali enterrou-se meu coração
Arrumei um cantinho para mim
Nos vãos daquela estrutura fria
E hoje sozinho sigo
Como João de Ferro e Viga
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